sexta-feira, julho 08, 2011

Na noite a facada

[Caído no palco de minha própria janela]
- passo -.
Rodam estrelas na noite,
nas voltas das rodas dos carros,
rodam os astros
.....................em minha volta.
Meu olho redondo
..........................feito o mundo onde vivo;
Feito as horas
que giram na noite entre luzes vermelhas,
fagulhas
............de mundos distantes
- horas estranhas
de seda e não caco de telha -
Ao longe: o mar de telhados.
A noite de altos faróis
cruzando os minutos
...........................em plena avenida.
De perto: a teia de nuvens e fios
por onde a lua rasteja
- horas de êxtase
que quebram garrafas e negam-me o sono -
Ao longe: a noite navega, ao sabor dos ventos,
no sopro do corpo, inerte e voraz.

Daqui: as sombras trafegam sem pressa,
pelo passeio,
...................madrugada plena,
Lá fora, a noite inda roda
pela cidade afora,
cruza faróis,
freia,
e crava suas rodas num poste,
de onde o Sol se projeta.
Ao sabor das ondas
do mar de telhados:
nasce o dia, sangra o azul sobre mim.
Ferido de morte!
por um caco de estrela.

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