domingo, agosto 21, 2011

Teorema do ser às vezes

Sujeito,
indivíduo,
diz o governo:
indiviso em dívidas.
Mas a dúvidas
sempre sujeito.
De explosões e cores mil,
desfeito
em desgostos e gozo, gasto
já desde nascença,
sujeito a mudanças:
de clima, de humor,
passível
a divisões e problemas
com solução e passagem,
rotas, cruzes
ao Norte
               do Sul
pro além
preso às formas que sou
inconstante, inconstante, e uno.

terça-feira, agosto 09, 2011

Na manha

Com certa bossa
Vai a vida que conheço
(de fora, é tudo fossa
que só vê fim sem começo)

Pelas manhãs da vida bandida
eu vou,
..........só ficar não dá mais pé,
só ficar é pura fossa.
E há quem diga: conversa fiada,
e até quem fale no fim da picada,
até mesmo com a lua lá encima:
A lua pra se chorar
A volta pra descrever
A rua pra iluminar
- pode ser -

Não choro eu o astro frio
Que sempre girou no céu do Rio
Até quando Rio não havia,
Até quando Rio não houver.

Até quando o Rio estiver
como está: muito longe
do balanço que me leva por São Paulo,
da bossa que posso dançar.