Minha terra não tem nada
é uma terra desgraçada
onde só canta a chinela.
Terrinha verde amarela,
bandeira cinza cantada
por mim não.
Silêncio das armas, gorgeios de avião,
a marca eterna num planalto abstrato
num outro plano: outro ano,
outro estado da civilização
brasileira. Na praça, a bandeira
senta praça cantando o que não se canta:
se planta e se encanta nos quartéis e bananeiras.
Um cacho de pátrias, uma xícara de água ardente
grita o brado retumbante
salve salve
a nossa gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário