terça-feira, agosto 24, 2010
Cisma
Sinos, sirenes
mantêm-se
surdos, homens!
Nunes abaixo,
acima, domingo
suscinto, o além.
Estalo;
Estralo e ladro de
dragues, morde.
Dorme.
Nada no fundo
profuso, vazio
ímpio e nulo.
Nada mais
são
Nada mais
tem
Nada mais
claro!
Nada me aguarda
nada mais no âmago
no âmago da macabra
folia
Luzes, Milhares!
se apagam...
Mundos, amáveis
se mesclam e
jovens, unidos e
se apartarmos?
Furtos se movem
já límpidos, muito
belos, muito
embora já lúcidos
já lícitos
pedras lunares
da Luz,
asfaltos, de cor,
lunar, viadutos
vastos, fartos,
vultos de vozes
foscas.
Fosco esperar!
Flui, fluosflorece nas
flores, cachimbos
do aço
do osso de velhos e cães
cavalos de ferro
e fumo sereno,
saudável.
Soem distantes
do vulgo lunar
e central
e nortista
no destino latente,
eterno-noturno.
Joaquim Santoro
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